Copa do Rei - Sevilla perto da final


Hoje à tarde, Sevilla e Getafe fizeram o primeiro jogo das semifinais da Copa do Rei 09/10. Com um Ramón Sanchés Pizjuan longe dos padrões habituais de público, os rojiblancos não permitiram uma "zebra" e obtiveram uma boa vantagem para o jogo da volta, ao ganhar por 2x0.

Mesmo jogando fora de casa, o Getafe não teve medo de se lançar ao ataque e assustou muito o Sevilla no início de partida. Aos 12 minutos, Parejo fez boa jogada pela direita e cruzou para Manu, que dominou e finalizou forte com a esquerda, porém, Palop já começava a fazer as suas habituais defesaças. O primeiro gol do jogo saiu só aos 45 minutos. Adriano, improvisado de lateral direito, cruzou para área e Luis Fabiano, livre, mandou para o fundo da rede. Na comemoração o brasileiro homenageou o presidente do clube, Del Nino, colocando um chapéu preto.

No segundo tempo, o Sevilla perdeu dois jogadores por lesão. O primeiro: Luís Fabiano. O brasileiro pediu substituição, após sentir lesão na coxa e foi substituido por Kanouté. O segundo: Romaric, que assim como Luis Fabiano, também sentiu a coxa e pediu substituição. No seu lugar entrou Dúscher. Pouco antes de perder Romaric, o Sevilla marcou o segundo gol no jogo. Mané recuou bola errada e Jesus Návas pegou, cruzou para área e Mario desviou contra a próprio meta.

No último lance do jogo, Mário poderia se desculpar pelo gol contra e, após cruzamento de Miku, cabeçeou a bola rente à trave de Palop, que só ficou olhando a bola sair de fininho.

Amanhã a outra semifinal será disputada entre Atlético de Madrid e Racing Santander.

Sevilla: Palop; Adriano, Stankevicius, Escudé, F.Navarro: Navas, Zokora, Renato, Perotti; Luis Fabiano (Kanouté) e Negredo (Romaric, Duscher).

Getafe: Ustari; Cortés, Cata Díaz, Mario, Mané; Pedro León (Pedro Rios), Boateng, Casquero, Parejo (Albín); Manu del Moral e Soldado.

Leia Mais

Futebol no Mundo - A importancia de um clássico

"Clássico é clássico e vice-versa". A famosa frase dita por Jardel se encaixa perfeitamente nesse post. Afinal, hoje, falaremos dos clássicos entre duas equipes. Mas em que sentido? Rivalidade? Importancia em que aspecto? Não, não falaremos sobre os já famosos clássicos pelo mundo afora e esses clichês jornalísticos que saturam matérias. Falaremos da importancia de um clássico sobre um time. Quais os efeitos ele pode trazer à uma equipe, ao elenco dessa equipe, aos torcedores e dirigentes.

Para entenderem, vou citar dois exemplos recentes. O do Sporting, em Portugal - que vive uma crise profunda, tanto financeira quanto interna - e o do Manchester United, que vem fazendo uma temporada decente e quer levar os títulos esperados pela torcida. Nos dois casos temos expoentes diferentes, o que ajuda a entender ainda mais o efeito "pós-derby".

Começamos pelo Sporting. Com dois clássicos agendados para as Copas do país (Enfrentou o Porto na Taça de Portugal e encara o Benfica uma semana depois, pela Taça da Liga), os lisboetas terão uma semana de intervalo entre um jogo e outro. Independemente de ser pelas Copas, que são "menos importantes", os clássicos ganharam valores que vão além da importancia dos troféis. Visto que o time anda em crise e com uma divisão notória dentro do próprio elenco, o alento, a moral e a estabilidade no elenco que viriam com as vitórias seriam fundamentais para os Leões de Lisboa conseguirem a reabilitação que precisam na temporada.

Já o Manchester vive um caso oposto. Teve, em poucos dias, dois momentos importantes para a temporada do clube. Primeiro, duplo encontro contra os rivais de Manchester, os Citizens. Visto que a equipe vinha em reabilitação na Premier League, após um mal começo, eliminar os rivais na semifinal da Taça da Liga Inglesa seria fundamental para engrenar de vez. Perdeu por 2x1 no City of Manchester, a casa do City. Mas venceu em casa, por 3x1, garantiu a vaga na final e decretou, então, que a reabilitação foi bem sucedida e que o mal momento havia sido afastado. Para comprovar tal fato, um 3x1 sobre o Arsenal em pleno Emirates Stadium. Alguém ainda duvida do poder dos Red Devils?

Um clássico é sim importante. Não há favoritos. Se um time candidato ao rebaixamento encara um rival que é favorito ao título, as perspectivas mudam. A entrega é maior em campo, as jogadas são mais disputadas e as estatísticas vão por água abaixo quando o teoricamente mais fraco vence. Os efeitos da vitória chegam logo. A moral é levantada. A vontade cresce. A recuperação torna-se viável.

Para não ficar só nesses dois exemplos, por que não citar o Lyon? No ultimo fim de semana, 31 de janeiro, bateu o PSG. Não é um derby propriamente dito, mas são duas equipes de certa tradição na França. Os lyoneses venceram, de virada. E nada impede de que agora a equipe cresça e se recomponha na temporada. Ou o 4x0 avassalador que o Egito aplicou nos rivais da Argélia e que foi pertinente para credenciar a boa fase dos Faraós na conquista da Copa das Nações Africanas, frente à Gana (Isso, lembrando que o Egito não vai disputar a Copa do Mundo).

Mais do que um jogo qualquer, um clássico tras efeitos negativos e positivos. Para quem vence, a chance de crescer e continuar em cima (ou se recuperar). Para quem perde, os efeitos são devastadores e até - sendo um pouco radical - o pode decretar o inicio de uma crise. Se já não bastassem os fatores extra campo.

P.S: É amigos, o Sporting perdeu hoje (2 de fevereiro) para o Porto. Levou um sonoro 5x2 no Dragão. É a crise.
Leia Mais